UM NOVO CICLO

UM NOVO CICLO
volta e meia meia volta volte e meia

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Finalfantástico

Vê minha decadência
Sorri meu sofrimento
É tão simples;
Eu só preciso de um tempo
pra ser mãe
de sua filha;
Não me fale mais da vida
Com sentimento de potência
Aumenta a raiva
Aumenta a desistencia.

Sei que terás mais histórias pra contar
Mais inocentes pra te amar
Mais vitímas do seu sugar
Que mal te fiz?
Por favor
não preciso mais ouvir
Seu justificar;
Pedi a verdade
E não soubes me falar.

Te amei como pude
E como não pude também
Sei que estás com a imagem
refletida no espelho
num ego
ísta
num ego
centrismo
você não é você nunca foi.
Também sei que não estarás mais presente
Mesmo que retorne
Já não há mais aqui
Dentro de mim.

sábado, 14 de maio de 2011

Carta endereçada a mim I

Compre um espelho
Como aquele velho
De molduras retas
Que depois de muito feito
Tornou-se em pedaços

Aquele nunca deixou
De cumprir seu papel
De espelho

Mesmo.
Precisas de um novo espelho
É pena não poder enviar pelo correio
O mesmo foi vendido

À porta de casa...

Velha e bruxa
Soube escolher bem
Durou exatos 5 anos
Os melhores dos seus planos

Muito bem apresentado foi
Muito bem utilizado
Seu velho amigo espelho

Ali dentro suas maiores alegrias se esvaíram...

Esqueça amiga,
Compre um novo
Agora pras tuas mágoas
Pra aquele nó desatar novamente
E a paz do teu subconsciente
Aquela paz que somente vive
quem sente

Reine, reine...

Saiba
Espelho com mágoas
Não costuma durar

Prepare-se
muito em breve
De outro irá precisar

E certo dia saberá
sorrindo...

Carta endereçada a mim

Querida Guerreira
Deus te presenteou
Mandou dois filhos
Distintos;
Pelo que vejo
seu bastardo só te dá trabalho
e sua menina só te dá alegrias

Minha guerreira
A vida te deu dois percalços;
O primeiro sem ideais
O segundo sem formação.
De que vale a vida sem intenção?
Sem razão pra ter paz?
Vamos abrir os olhos
Porque é assim que se faz

Guerreira
Força e sabedorias têm
Só lhe falta mesmo algum pinhém
Pra mostrar ao mundo
quem foi
Quem?

Antes mesmo tivesses abortado
Esse filho bastardo da lua
Com seu útero oco
E congelado
Pela frieza da mentira
no primeiro instante
E como foi brilhante

Querida
Você foi engada
Isso é fato
e deixaste consumado
Agora só resta seguir

A menina precisa de ti
Seu velho tinha razão
Segue tua vida
Transforma o amor bastardo
em gratidão
Pela sua sóbria
árdua e bem paga
SOLIDÃO.

Presente e futuro pra sempre

Um imposto pra cada humilhação sofrida
Um imposto pra cada renuncia feita
Um imposto pra cada lágrima derramada

foi como esquecer a morte
dar valor a vida
e passar a ter medos

Um imposto pelas férias que nunca vêm
Um imposto pra cada mudança física pelo tempo
Um imposto pelas noites de sono alerta

o segredo da falta
é tempo pra degustação
e aceitação

Um imposto de vida entregue
Um imposto pela dedicação doada
Um imposto a cada pressão aprisionada

cuspir as mágoas
lamber as lágrimas
persistir

Se todos os impostos fossem pagos
Se todas as escolhas fossem apenas fases
As mães seriam realmente felizes

E os filhos serão sempre filhos
E as mães serão sempre MAIS que mães

as Mães do século XXI
além de mães com M maiúsculo
representam também o pai;
qual ultimamente, não há nem significado aparente.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

XXI

Amar no século XXI
É como ter cuidado
Consigo mesmo
E com um mundo
Inteiramente perturbado
Amar em pleno século XXI
É sinônimo de aventura
Desperdiçar carinho
Perder o caminho
Da compostura
Amor XXI
Atrai doenças
E quem não dança
Conforme a música
Arca com as despesas
O século XXI
Não te dá escolha
A solidão pousou
Escreveu não leu
Vira a folha
No século da vida
O foco é na mentira
Mas na verdade
Não há hipocrisia
O amor XXI reina na mais pura lira

Ao ponto.

Objetivo na busca
Sinceridade no caminho
Equilíbrio no destino
Força interior

.

Tanto tempo dispersado
Tanto tempo amordaçado
Pelo tempo

.

Nada mais que verdade
Nada fora da viagem

.

Viver pra descobrir
Descobrir pra sonhar
Sonhar pra amar
Amar pra viver

.

Nada mais que a loucura
Nada mais que a falta de compostura

.

Coragem pra rodar
Rodar pra tontear
Tontear pra cair
Cair pra levantar

.

Nada mais que evolução
Nada mais
É só perdão

.

Objetivo na busca
Sinceridade no caminho
Equilíbrio no destino
Força interior

.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Maquiagem

Apagar os excessos
Maquiar as marcas do corpo
Amortecer a dor do espírito
Todos precisamos extrapolar
Pra acordar sabendo que rumo tomar
Já estávamos perdidos
Resolvemos nos esnobar
Tomar vergonha
E vomitar na própria cara
Esquecer o perdão na esquina
Pra não voltar a buscar
O passado
Lembrar atrás das palavras
O que realmente foi vivido
E pesar
E pensar
Era como se eu não mais fizesse parte
Perdida
Fui fumar um cigarro
Cada um pro seu lado
Você estava acompanhado
E no outro dia não me ligou
Não desmerecer o potencial
À função do outro
Pra não doer
Roer
As traições naturais da carne
Desgastaram nosso amor declarado
Mesmo tendo deitado
Com raiva e sem tesão
É um exercício
Não termos diálogo
Não deixarmos sempre claro
A verdade
Gera um círculo de desconfianças
Tocamos no assunto
Estávamos enojados e com medo
Queríamos fugir
Achamos que tudo acontecera muito cedo
Desmemoriar todas as lembranças
Fingir ser a culpada
Quando sempre esteve desacompanhada
Dando chance pra chegar
Modificar o presente
Diante do descaso
E o medo de solidão
Sempre soubemos
Que nunca existiria amor
Você sempre foi carente
Não é de hoje que não consegue ficar só
Será inevitável não ter nojo
Quando fui capaz de aceitar
Como se não merecesse algo maior ou melhor
Como se tudo isso fosse o suficiente pra mim
Como se não fosse gente
E isso desde sempre foi assim
Resolver dar uma chance a mim
O sentimento inevitável do desprezo do que sinto
Porque já não sinto
Porque já fiz o possível
Maquiei todo o desengano
Maquiei quando a dor da madrugada
Acordada, me fez nascer as olheiras do cansaço
Maquiei o amor transformado em bagaço
Eu tentei
Eu cansei
Eu te amei
E adoeci...