UM NOVO CICLO

UM NOVO CICLO
volta e meia meia volta volte e meia

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Deprimi

As valvulas acabaram
Sinto o escrever sem sentido
Sem motivo nem utensilio.

Depressão
Fragelo da alma
Sem razão.

Meu tempo abraça a morte
Não!
Sorria depressão.

"Aqui é mar;
Menino qué
Tem que navegá
Num tê medo de afundá
Soltá a rede
Pra pode volta".

Menino olha o mar
Atropela as águas
Saltitante de alegria.

Depressão
Transborda, contagia
Qué mesmo saltá?

Num sabe se admira
mais céu do que mar?
Marinheiro...

Marinheiro diz:
"De céu o mar tá cheio
Menino,
Deixe a depressão de lado
Essa onda te acerta.
De onde veio essa
Outra pode chegá".

De depressão o mar tá cheio
Num precisa carregá
O fardo pesado, nem Deus pode tirar.

A doce vida

O menino qué vê mar
Corre na direção sul
Na mão papel e caneta
Menino nunca viu tanta beleza

Marinheiro que navega ano inteiro
Saudade da família tem
Não há sentir
Só o asco

Vai passar.
Amanhã tudo volta
A ser como ontem...
Onde estavamos?

Me encontrei caída no chão
Corpo ainda quente, bonito
Maduro pra uma mãe jovem
Espírito envelhecido

Rosto pesado, olhos inchados
Rugados
Aparentemente não tomou a melhor decisão
Encontro o alívio.

A água corre o corpo
Os olhos escorrem o espelho
Com a mesma intenção
Vida sem razão.

Sem novas
Nem velhas
Agora com o pé no chão
Perde o sentido

E o menino boia o mar
Sente falta da sua família
Mas não há sentimento
Só o asco.

Menino vai
Direção Sul
Soa frio e sal
Abraça o mar.