UM NOVO CICLO

UM NOVO CICLO
volta e meia meia volta volte e meia

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Alerta Vermelho

Banaliza mundo; amendrontado e mudo
Infantilizou de fato
Resolveu contra dizer os atos
Destruiu a unica forma de contato

A força é unilateral
Aos olhos de quem pensa
Quem tem alguma experiência
O mundo é território

Mundo que convém
Imaginar a passagem
Viver a realidade
Crescer com dignidade; esperar a verdade

Perder menos segundos
Muito menos minutos
Fantasiando um mundo surreal;
O tempo é bilateral

É necessário sempre progredir
Amar e não desistir
Necessário parar
Respirar e refletir.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Corpo

Prova do veneno
Corpo infiel
Há tanta malícia exposta
Corpo cruel

Não sabe
Engana a si
Egoísta
Aprende a mentir

Primogênito
Nunca único
Corpo vingativo
Esconde a casca; respira fundo

Corpo inquieto
Extende
Contempla a solidão
Som da escuridão

A doença mais dolorosa
Não vem de uma só vez
Engana o espelho
Puxa leve; o último fio de cabelo

Acorda corpo; sem medo
Desvia o papel
Crueldade infiel
Não existe explicação; tudo desfez a razão

Mania
Jura que não
Torna melhor a armação
Corpo ilusão

Tezão
Sente no frio
Mede a altura
Corpo vazio

Amor mesquinho
Carente
Corpo que teme gente
Aumenta dor; sustenta o calor

Volta atrás
Abre o coração
Da adeus
E nunca mais.

sábado, 16 de outubro de 2010

Vertigem

Pra usar as palavras com sabedoria
É preciso ler mais poesia
Pra parar de pensar que o mundo é só regalia
É necessário sonhar com a verdadeira democracia

Escrever poemas líricos
Encantar o desconhecido
Roubar os melhores livros

Doar sabedoria
Dividir os sonhos
Emprestar os contos

Pra sorrir mais
Não precisa ter motivo
Pra chorar menos
É necessário ser escondido

Esquecer que deixou levar
Arrepender antes de lamentar
Esconder antes de encontrar
Por roupa suja pra lavar
Arrumar a gaveta sem exitar

E depois do sonho acordar
Pra dar de cara com o azar...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Poesia retratada

Faz diferença?
Amor em pleno apocalipse?
Romance manuscrito?
Delírio de esritor?

Além de carente
O mundo inteiro
Sustenta animais
De espécies diferentes

Crê somente
Na inexistência
Vive à base de desobendiência
Se alimenta pela sobrevivência

Fascina uma boa ilusão
Esquece
O real significado
De uma boa ação

Nunca ama com o coração
Nunca sabe ao certo
Onde instala a razão
Se é dentro ou fora da reação

Faz diferença?
Amor em pleno apocalipse?
Falta de sensibilidade XIX?
Uma lágrima rolada?

A paz está armada
Se sente ameaçada
Por toda humanidade
Desalmada

Os que temem palavra
Por ferir
Ao invés de falar
Por encher o seu mar

De lamento
De sofrimento
De hipotência
De carência

Mar de egoísmo
Egocentrismo
Mágoas
Medos

Faz diferença?
Amor em pleno apocalipse?
Tratar a todos como a ti mesmo?
Poesia Mundial do século XIX?

sábado, 2 de outubro de 2010

"Criamos muitos motivos..."

Aqui entre nós

Eu com você
Você sem mim
Chegaremos enfim?
Tudo no amor é interno
complexo, completo

Não sabemos definir
Se tudo isso
É bom ou é ruim
Não sabemos se é realmente
O fim

Fatalmente
Desistimos
Nunca existimos
Sonhamos, sorrimos
Desencontramos

Agora seguimos
E esse destino?
É morrer a mingua
Implorando socorro
Pra um amor que nunca sentimos?

A Paula

Mas afinal
O que aconteceu?
A Paula não amanheceu?
A Paula enlouqueceu?

Por amor
Ou por tesão?
Pela dor
ou por paixão?

Achou que existia
E desacreditou
Viveu pela ilusão
Foi embora com a emoção

Por saber
Se enganou
Por ego
Se desencontrou

Quando o externo atingiu
O interno feriu
Então Paula deixou de lado
O relógio O tempo parado

Correu,a Paula comeu
O coração com as mãos

A Paula viveu
uma grande ilusão

Então, desistiu
Nunca mais insistiu.

Vingança

Desculpe-me
Não consigo
Não é fraqueza
Não é moral
Não é mania de grandeza

É maturidade
Um lance assim, de idade
De ideal
De falta de vontade
Não ver maldade

Desculpe- me
Sou assim
Peço perdão
Mesmo com razão
Enfim...

A vingança
É prato que se come frio
Pensei em servi-lo
Mas já estava congelado
Demoraria demais à prepara-lo

Desculpe- me
Se fui franca
Fraca, ingenua
A vida continua, sempre em frente
Atrás de nós tem, ainda, muita gente

Não matei
Por falta de vergonha na cara
Não morri
Porque não expressei com a atitudes
a falta de palavras.